O tema a seguir é recidivante,
muito já escrevi sobre a necessidade de que sejam instituídas eleições diretas
para o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional ( COFFITO ),
volto ao assunto em face da publicação do Edital convocando eleições ainda
indiretas, para o período 2012/2016 e diante da notícia dando conta de que ao
pleito concorre apenas uma chapa, a da situação.
Volto mais uma vez ao assunto por convicção e crença na democracia, ou melhor, por entender que a permanência na escolha dos
conselheiros por meio de um colégio eleitoral representa estagnação, melhor
dizendo: retrocesso ou saudosismo de um período de exceção vivido pelo povo
brasileiro. Vale salientar que a Lei N° 6.316, a que criou o
COFFITO, foi promulgada no ano de 1975,
sendo Presidente da República o General Ernesto Geisel. O mundo, de 1975 até agora, mudou, o Brasil mudou, a sociedade mudou, somente o processo eleitoral atrelado à citada lei ainda não mudou. Já é tempo. A democracia exige tal mudança.
Com muita honra e natural
orgulho, sou um dos precursores na luta
pela criação de entidades e organizações da Fisioterapia brasileira; entre
outros empreendimentos, presidi a primeira gestão do CREFITO 1 e fui eleito
Conselheiro Federal na primeira gestão do Presidente Ruy Gallart, o que me
credencia como interlocutor privilegiado, tanto para os meus contemporâneos, quanto para a nova geração de Fisioterapeutas,
que pouco sabe da história da profissão que escolheu.
Defendo sem veleidade a tese das
eleições diretas e do estabelecimento de limite nos mandatos de Conselheiros
Federais e Regionais. Não dá para ser feliz vendo como as pessoas são fortemente apegadas ao poder. É preciso mudar a lei, dando oportunidade ao voto livre, sem colégio eleitoral, com mandatos renováveis somente uma vez. Vamos dar uma chance à democracia, atendendo ao interesse coletivo.
Todas essas questões levantam a voz neste instante dentro de nós;
entretanto, organizar o discurso é necessário, para não perder o foco e o rumo
sobre o que dizer. Logo, é importante reforçar: Na democracia prevalecem o voto
direto e a salutar alternância no poder. Tudo isso vem à tona porque as pessoas
não se envolvem, não demonstram interesse, simplesmente delegam aos dirigentes do momento o fazer
acontecer e muitas vezes as coisas necessárias não acontecem, por falta de
participação coletiva.
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