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sexta-feira, 16 de março de 2012

Defendendo a tese das eleições diretas




O tema a seguir é recidivante, muito já escrevi sobre a necessidade de que sejam instituídas eleições diretas para o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional ( COFFITO ), volto ao assunto em face da publicação do Edital convocando eleições ainda indiretas, para o período 2012/2016 e diante da notícia dando conta de que ao pleito concorre apenas uma chapa, a da situação.

Volto mais uma vez ao assunto por convicção e crença na democracia, ou melhor, por entender que a permanência na escolha dos conselheiros por meio de um colégio eleitoral representa estagnação, melhor dizendo: retrocesso ou saudosismo de um período de exceção vivido pelo povo brasileiro. Vale salientar que a Lei N° 6.316, a que criou o COFFITO, foi promulgada  no ano de 1975, sendo Presidente da República o General Ernesto Geisel. O mundo, de 1975 até agora, mudou, o Brasil mudou,  a sociedade mudou, somente o processo eleitoral atrelado à citada lei ainda não mudou. Já é tempo. A democracia exige tal mudança.

Com muita honra e natural orgulho, sou um dos precursores  na luta pela criação de entidades e organizações da Fisioterapia brasileira; entre outros empreendimentos, presidi a primeira gestão do CREFITO 1 e fui eleito Conselheiro Federal na primeira gestão do Presidente Ruy Gallart, o que me credencia como interlocutor privilegiado, tanto para os meus contemporâneos, quanto para a nova geração de Fisioterapeutas, que pouco sabe da história da profissão que escolheu.

Defendo sem veleidade a tese das eleições diretas e do estabelecimento de limite nos mandatos de Conselheiros Federais e Regionais. Não dá para ser feliz vendo como as pessoas são fortemente apegadas ao poder. É preciso mudar a lei, dando oportunidade ao voto livre, sem colégio eleitoral, com mandatos renováveis somente uma vez. Vamos dar uma chance à democracia, atendendo ao interesse coletivo.

Todas essas questões  levantam a voz neste instante dentro de nós; entretanto, organizar o discurso é necessário, para não perder o foco e o rumo sobre o que dizer. Logo, é importante reforçar: Na democracia prevalecem o voto direto e a salutar alternância no poder. Tudo isso vem à tona porque as pessoas não se envolvem, não demonstram interesse, simplesmente delegam aos dirigentes do momento o fazer acontecer e muitas vezes as coisas necessárias não acontecem, por falta de participação coletiva.

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