Pernambuco Brasil - Foto/GB Blog 14-F FISIOTERAPIA

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL



FELIZ NATAL



QUE O ANO NOVO SEJA PLENO DE REALIZAÇÕES
                                                                       

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Revista NovaFisio Edição 89 nov/dez 2012



                        Revista NovaFisio edição Nº 89  
                  novembro/dezembro 2012

                       Veja a versão eletrônica                     
acessando o site    www.novafisio.com.br

                      Leia na página 30 a Coluna do Dr. Geraldo Barbosa


                    Divulgação voluntária e gratuita. Cortesia do Blog 


domingo, 9 de dezembro de 2012

Utilização da Parafina como recurso terapêutico

Postagem divulgada no final do mês passado - novembro de 2012 - no Blog Fisioterapia em Evidência editado pelo Fisioterapeuta Lázaro Juliano Teixeira, abordando o uso da Parafina;   levou-me ao passado, começo dos anos 1960, quando iniciei a carreira e tal recurso terapêutico era amplamente utilizado, na recuperação funcional de afecções  dos membros superiores e inferiores, principalmente pés e mãos. A Parafina, um derivado do Petróleo com aparência de cera, de cor branca, tem seu ponto de fusão de 50-57 °C, estando incluída no rol dos procedimentos da Termoterapia por meio de banhos de imersão. Veja matéria no Link:
 http://www.fisioterapiaemevidencia.com/2012/11/parafina-para-osteoatrose.html  

Costumeiramente, somente abordamos nesse Blog temas ligados à História da Fisioterapia, bem como aos aspectos éticos, políticos e filosóficos da profissão, pelo simples fato de que outros Blogs da categoria, com extrema competência,  aprofundam a questão técnico-científica; abrimos portanto uma exceção, pela relevância do tema, lembrando que outros procedimentos já considerados obsoletos, podem ser objeto de pesquisa nas universidades, para, quem sabe, possamos voltar a ter processos terapêuticos simples, mais baratos e eficazes.

Para complementar a postagem selecionei um vídeo da Fisioterapeuta Fátima Borges Silva, disponível na WEB, sobre a utilização da Parafina como processo terapêutico. 





Postagem atualizada em 07/06/2013

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - 03 de dezembro de 2012

Segundo a Organização das Nações Unidas ONU, existem no mundo mais de um bilhão de pessoas com algum tipo de deficiência, ou cerca de 15 por cento da população mundial, sofrendo cotidianamente com o enfrentamento de barreiras para a  inclusão social.

O tema desse ano para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, escolhido pela ONU, aborda com clareza a necessidade premente desse grupo populacional: " Removendo barreiras para criar uma sociedade inclusiva e acessível para todos".

O Brasil é participante das comemorações com a realização da terceira edição da " Virada Inclusiva", no Estado de São Paulo, de 01 a 03 de dezembro. Para saber mais sobre o evento acesse: 
 (http://viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br/)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eventos mundiais


APTA Combined Sections Meeting


Sandiego, California, USA 

Web: www.apta.org/CSM/      21 a 24 de janeiro de 2013


1st European Conference on Evidence

 Based Aquatic Therapy


Izmir, Turkey   
 Web:    aquatherapy2013.org   21 a 23 de março de 2013


Fonte  http://www.wcpt.org/


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A vulgarização da Fisioterapia



Espantosa, surpreendente a forma como a Fisioterapia (processo terapêutico) vem sendo divulgada num dos bairros mais populosos da Cidade do Recife, o de Casa Amarela, mais precisamente em frente ao mercado público municipal e nas ruas adjacentes. É de pasmar! Sabem como? Por meio de folhetos volantes distribuídos entre os transeuntes que se dirigem à feira, ao mercado ou às casas de comércio local. E, mais absurdo ainda, utilizando também as prosaicas e triviais " anuncicletas", explicando melhor: bicicletas dotadas de serviço de som para fins publicitários. Imaginem, leitores e leitoras deste Blog, tais monstrengos suburbanos,  propagando em tom superior ao suportável, a oferta de sessões de Pilates e de RPG. Pessoa alguma me contou o ocorrido, os fatos descritos foram por mim presenciados.

    Uma profissão herdeira do legado do mitológico deus Esculápio, não pode ser tratada dessa maneira, desconsiderando todas conquistas do passado. Olhando pra trás, para a história da Fisioterapia, tomamos consciência de como se avançou gloriosamente. Entretanto, tais práticas enxovalham a profissão e por consequência aqueles que honradamente a exercem.

    O Código de Ética ainda em vigor, aprovado pela Resolução  COFFITO 10 de 3 de julho de 1978, preconiza no Capítulo II - Do exercício profissional -  Art. 8º (É proibido ao Fisioterapeuta e ao Terapeuta Ocupacional, nas suas respectivas área de atuação) Inciso XVI: " - angariar ou captar serviço ou cliente, com ou sem a intervenção de terceiro, utilizando recurso incompatível com a dignidade da profissão ou que implique em concorrência desleal". Diante de tais fatos a transcrição desse texto parece falta de sintonia com a realidade. 

    De tudo isso surgem duas indagações; a primeira remete ao ensino da Fisioterapia nas universidades, com a pergunta que não quer calar na garganta: - o ensino/aprendizado da ética profissional tem sido efetivo? A segunda é referente ao zelo que o  Fisioterapeuta deve ter com a  responsabilidade social aos seus cuidados, ou seja:  "exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos preceitos da ética profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preservando a honra, o prestígio e as tradições de sua profissão" (Art. 7º Inciso I do Código de Ética Profissional). Será o caso de palavras jogadas ao vento?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Visualizações de páginas do Blog

Visualizações de páginas do Blog 14-F FISIOTERAPIA por País

Brasil:   100.484
Estados Unidos:   11.746
Portugal:   2.551
Alemanha:   730
Rússia:   719
México:   296
Espanha:   291
Colômbia:   240
França:   227
Holanda:   211   

Fonte: www.blogger.com transcrito em 08/11/2012 às 21:10h (horário de Brasilia)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Estatisticas do Blog

Visualizações de página de hoje:   235

Visualizações de página de ontem:    297

Visualizações de página do mês passado:   7.148

Histórico de todas as visualizações:   121.906

Confira a postagem mais popular:   "Símbolos da Fisioterapia. Os antigos e o novo"
http://geraldobarbosa43.blogspot.com.br/2010/02/antigos-simbolos-da-fisioterapia.html


Fonte: www.blogger.com transcrito em 06/11/2012 às 19:51h (horário de Brasilia)

sábado, 27 de outubro de 2012

Revista NovaFisio edição Nº 88 setembro/outubro 2012.



Revista NovaFisio edição Nº 88 setembro/outubro 2012.

Veja a versão eletrônica acessando o site www.novafisio.com.br

Leia na página 20 a Coluna do Dr. Geraldo Barbosa


Divulgação voluntária e gratuita. Cortesia do Blog 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Teremos a Fisioterapia Ocular como especialidade reconhecida pelo COFFITO?



O conhecimento geral tem um horizonte "diante do qual transcorrem todas as atividades da vida" (Safransky, Rudiger - 2011 ). Cito Safransky logo no início da postagem pelo horizonte contenporâneo que se descortina e por mais dois motivos, o primeiro diz respeito a dados estatísticos extraidos do site da BBC - Brasil: "O número de pessoas com 100 anos ou mais, aumentarão 15 vezes até 2020. No Brasil, os centenários eram 13,8 mil em 1991; conforme o último Censo (IBGE - 2010) são cerca de 30.000 pessoas". O segundo motivo remonta à palestra "Fisioterapia Ocular no Idoso" proferida no Forum sobre questões do envelhecimento http://geraldobarbosa43.blogspot.com.br/2012/09/saude-ocular.html pela Fisioterapeuta Ocular Ângela Dias, graduada pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP, pós-graduada em Fisioterapia Neurofuncional pela Faculdade Integrada do Recife - FIR e preceptora de Residência Médica em Oftalmologia da Fundação Santa Luzia, na subespecialidade Estrabismo. 

No Blog da Dra. Ângela Dias (http:// fisioterapiaocular.blogspot.com.br) encontramos um texto retirado do Diário Oficial da União - DOU, Nº 219 de 14/11/07 - p. 386 - Portaria do Ministério da Saúde  Nº 2.916, Art.5º Tabela SIH e SIA/SUS Tipo de Ato: " Fisioterapia (Especial) Assistência Fisioterapêutica em Oftalmologia: Atendimento Fisioterapêutico em Oftalmologia de paciente com alterações oculomotoras centrais com comprometimento sistêmico  e Atendimento Fisioterapêutico em pacientes com alterações oculares periféricas".

Já na atualidade e em  futuro próximo, um número significativo de potenciais pacientes, bem como de profissionais habilitados, sem falar na existência legal de tabela de procedimentos do SUS, não seriam suficientes para o reconhecimento pelo COFFITO da Especialidade Fisioterapia Ocular?




Fonte/Referências:

-   Safransky,Rudiger. Nietzche, biografia de uma tragédia - São Paulo: Geração   Editorial, 2011.

-   BBC - Brasil  www.bbc.co.uk/portuguese

-   Blog Fisioterapia Ocular http://fisioterapiaocular.blogspot.com.br

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lançamento do Livro " Institucionalização da Fisioterapia"




PERFIL DO AUTOR E INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO

Perfil  do autor

O professor Risomar da Silva Vieira, possui  graduação em História pela Universidade Federal da Paraíba (1985), em Ciências pela Universidade Federal de Pernambuco (1982), em Fisioterapia pela Universidade Federal da Paraíba (1996), e em Biologia pela Universidade Federal da Paraíba (2006). Fez  mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE(2000)com pesquisa em saúde,  e doutorado em História da Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP(2011), trabalhando institucionalização da ciência. Atualmente é associado da Sociedade Brasileira de História da Ciência e da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia.  É docente dos cursos de fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba e do Centro Universitário de João Pessoa. Atua nas áreas de Fisioterapia em Saúde Coletiva, História da Ciência na perspectiva do conhecimento em saúde e na formação de trabalhadores para o setor saúde.

Informações sobre o livro

O livro, prefaciado pelo Fisioterapeuta Geraldo Barbosa, apresenta uma compreensão  do processo histórico da Fisioterapia no contexto internacional e brasileiro, analisando como se deu a  institucionalização desta área do conhecimento em saúde na Paraíba, com os seus desdobramentos. Conforme os conteúdos apresentados, o trabalho se constitui um referencial para a formação em Fisioterapia na Paraíba e no Brasil.

O trabalho encontra-se distribuído em cinco capítulos seguindo uma lógica onde parte-se de uma visão abrangente do processo histórico da Fisioterapia no contexto mundial e brasileiro, seguindo a trilha em direção às especificidades da realidade paraibana.
No primeiro capitulo apresenta a trajetória da Fisioterapia na Europa e Austrália, passando posteriormente pelo continente americano destacando os países mais representativos, conforme os registros pesquisados. Nesse capítulo são  observados e analisados os condicionantes históricos que se fizeram presentes na evolução da Fisioterapia a exemplo dos reflexos das consequências das grandes guerras, das mudanças econômicas e da produção, bem como das grandes epidemias de poliomielite.
No segundo capítulo é tratado o processo de institucionalização da Fisioterapia no Brasil, desde os seus momentos iniciais, passando pelos primeiros cursos e instituições formadoras, até as organizações profissionais e os fatores envolvidos nas transformações ocorridas no decorrer da história da profissão no país.
No terceiro capítulo, estão destacados os primeiros instantes da Fisioterapia na Paraíba, apresentando os primeiros serviços fisioterapêuticos no Estado, bem como a constituição do Centro de Reabilitação Profissional (CRP), do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) no Estado.
Continuando na realidade paraibana, o quarto capítulo é trabalhado o processo de instalação dos primeiros cursos de Fisioterapia no Estado, analisando primeiramente o momento histórico, considerando os aspectos socioeconômicos e epidemiológicos. Em seguida é analisado como aconteceu a criação das graduações nas instituições formadoras, mostrando que fatores favoreceram e dificultaram a instalações dos cursos. É considerado, também, nesse tópico, a construção e o papel das entidades de classe no processo de institucionalização da Fisioterapia no Estado. Além desses temas, observam-se, a partir das fontes, os desafios e as conquistas na formação e no mercado de trabalho do fisioterapeuta, findando o capítulo com o crescimento dos campos de atuação profissional.
Já no quinto capítulo são colocadas as entrevistas dos colaboradores. No processo de construção do  trabalho foram realizadas oito entrevistas com pessoas que são referências para o estudo da história da Fisioterapia na Paraíba, portanto de grande importância para a elaboração desta produção histórica.
E a título de conclusão, o trabalho expõe  algumas considerações sobre o que representa o texto para a realidade da profissão e da formação, apontando o olhar para outros horizontes a serem atingidos, a partir de novas investidas no estudo da história da Fisioterapia.


Data do lançamento: 19 de outubro de 2012

Horário: a partir das 20:00h

Local: Usina Cultural Energisa. Av. Juarez Távora, 243 - Torre
João Pessoa PB

Contato: risomarvieira@gmail.com



sábado, 13 de outubro de 2012

13 de outubro - Dia Nacional do Fisioterapeuta






As Mãos do Fisioterapeuta 


Ronaldo Cunha Lima

Mãos que entendem e se estendem nos labores,
Silenciosas mãos de mil cansaços,
Que em contatos contidos, feitos abraços,
Se enlaçam em lenitivo a tantas dores.

Mãos que acalmam, diante dos Temores,
Calando o medo dos primeiros passos,
Correndo, presciente, pernas, braços,
Que ensaiam lassos pelos seus temores.

São mãos que aos céus ascendem nos desvelos,
As mãos profissionais cheias de zelos,
Que animam o amanhã dos dias seus.

Mãos mágicas que à luz de um hermeneuta,
Refletem as mãos do fisioterapeuta,
Firmes na fé que vem das mãos de Deus.



Homenagem do Blog 14-F FISIOTERAPIA aos Fisioterapeutas brasileiros, na data magna da categoria.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

2012 centenário do nascimento do prof. Ruy Neves Baptista


Homenagem do Blog 14-FFISIOTERAPIA ao Centenário do nascimento do Prof. Dr. Ruy Neves Baptista (08/10/1912 - 08/10/2012), fundador do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco.


Foto: Reprodução do Livro "Emoções verbalizadas" do Prof. Bianor Germano da Hora.

Postagem atualizada em 08/04/2013

domingo, 7 de outubro de 2012

Ultrapassada a barreira das 60.000 visitas ao Blog



O Blog 14-F FISIOTERAPIA ultrapassou a marca dos 60.000 acessos, o que demonstra a confiança e o respeito dos internautas ao nosso trabalho, pelo que sinceramente agradecemos.

Continuaremos na luta pelos interesses maiores da Fisioterapia, sempre na busca de um futuro possível.

Geraldo Barbosa - Editor

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Herdeiros de Esculápio - Parte III (final)


                                                
       


                            



 Herdeiros de Esculápio  - (Parte III - final)


           O século XX traz consigo a força propulsora para os avanços da ciência. E, aí sim, após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), a Fisioterapia cresce, busca ser independente como ciência, processo terapêutico e profissão, cristalizando-se como atividade plena na área da saúde. No Brasil, em meados dos anos 50, com a criação dos serviços de Fisioterapia, ainda sem Fisioterapeutas e, nos anos seguintes com a implantação dos cursos regulares em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, tivemos a escalada dos congressos, o intercâmbio com universidades estrangeiras, a ascensão na carreia universitária com os mestrados e doutorados, bem como a expansão das clínicas e dos consultórios. Índices altíssimos de procura para inscrições nos exames vestibulares foram atingidos. Tal crescimento despertou o interesse na abertura de novos cursos; alguns deles sem a necessária qualificação, o que provocou na sociedade uma reação de desconfiança quanto ao tipo de profissional que desse modo seria jogado no mercado de trabalho. Em se tratando de cuidar da saúde das pessoas, não seria possível, jamais, permitir a presença de profissionais com formação duvidosa no mercado. Todavia, ainda é cedo para uma avaliação do impacto nocivo dessa superabundância de cursos e de novos profissionais, na saúde da população. Este é o retrato de uma situação no mínimo preocupante, que levou a categoria a cobrar um posicionamento das autoridades educacionais e do Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.

            Feita esta digressão, e para que se tenha um melhor entendimento de como a Fisioterapia evoluiu profissionalmente, saindo da noite dos tempos para a contemporaneidade, transcreve-se aqui trechos da carta enviada à Dra. Sônia Gusman então presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, em 21 de maio de 1980 pela Secretária-geral da World Confederation for Physical Therapy, a Fisioterapeuta E.M.McKay; conforme foi publicada no Jornal da Associação Paulista de Fisioterapeutas – APF, em sua edição de maio/junho de 1980 – Ano 10, página 3, respeitada a grafia original:

“Muitos fisioterapeutas estão agora trabalhando no cargo da Prevenção, onde procedem à avaliação sem necessidade de a pessoa sendo tratada ter antes consultado um médico registrado. Consequentemente o Código de Ética da Confederação foi alterado na última Assembléia Geral e não inclui mais a exigência de que fisioterapeutas somente tratem de pacientes encaminhados por médicos [...]”.

Prossegue a missivista:

“Como no Brasil, a Inglaterra tem um Conselho para o registro de fisioterapeutas entre outras. Sua denominação completa é 'Conselho para as Profissões Suplementares à Medicina’, e cobre não apenas fisioterapeutas, mas outras profissões, incluindo terapeutas ocupacionais. A denominação foi estabelecida após muita discussão e consideração, e é resultado de cuidadosa escolha de palavras para descrever exatamente o alcance do Conselho. Não é, portanto, por acaso que ela se refere a profissão e ao fato de elas serem “suplementares”. Tal termo significa algo que é adicionado para preencher ou completar uma deficiência. Em outras palavras, estas profissões, incluindo a Fisioterapia, estão suprindo uma deficiência que a Medicina sozinha não pode suprir”.

E finaliza:

“Caso seu governo desejar, posso e teria prazer em fornecer a Sra. ou ao seu Sr. Ministro da Saúde, exemplos e confirmação adicionais que esta carta só tocou resumidamente[...]”

            É lamentável que os brasileiros, vinte e nove anos depois, não tenham atingindo ainda o patamar em que se encontravam os ingleses em 1980, muito bem resolvidos e conscientes quanto aos seus papéis como profissionais de saúde. Resta-nos, portanto, nestes sombrios primeiros anos do século XXI - “em que o mundo apresenta novas configurações, necessitando de novos saberes para que se possa interpretá-los” - reforçar a auto-estima da classe, enfatizando: Os Fisioterapeutas são herdeiros legítimos do deus Esculápio e beneficiários diretos do conhecimento científico universalmente acumulado.

            No porvir, grande parte envelhecida da humanidade estará aguardando esse conhecimento acumulado para ser cuidada e adequadamente tratada.


Fonte: Barbosa,Geraldo. Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia. Recife: Edição do Autor, 2009.


sábado, 29 de setembro de 2012

Herdeiros de Esculápio - Continuação parte II




                                    Herdeiros de Esculápio (Parte II)

     Asclépio, como todos os deuses gregos tem um nome latino correspondente, no seu caso é Esculápio (notem a sutileza da assimilação). Isso decorre da conquista da Grécia pelas legiões romanas no século II a.C. e da difusão da cultura grega para outras regiões pelos mitógrafos latinos. Nesse contexto, Esculápio já reconhecido como um deus de grande prestígio era cultuado em mais de trezentos templos, destacando-se como principal o situado em Epidauro cidade em que nasceu, aos pés do monte Mirtião.  Epidauro era uma pequena cidade no nomo de Argólida, península do Peloponeso, onde após a morte de seu ilustre habitante, promoviam-se regularmente as Asclépias, festividades nas quais se incluíam disputas atléticas, musicais e um concurso de rapsodos. De um desses concursos nos chega, conforme Platão, o encontro do rapsodo Íon com o filósofo Sócrates pelas ruas de Atenas onde travam um diálogo:

- Sócrates: Salve, Íon! Você chega agora à nossa cidade vindo de onde? De sua casa em Éfeso?
- Íon: De jeito nenhum, Sócrates, mas de Epidauro, das Asclepéias!
- Sócrates: Ora essa, os epidauros também promovem para o deus um concurso de rapsodos?
- Íon: Com certeza, e do resto da arte das Musas! [...].

            Foi Sófocles, o mais clássico dos tragediógrafos gregos e ativo participante da vida religiosa, o responsável pela ampliação da influência de Asclépio (Esculápio) em Atenas, quando por sua iniciativa, introduziu-se o culto ao deus naquela cidade edificando-lhe um templo.

            Os templos onde se cultuava o deus, denominados Asclépia, eram verdadeiras clínicas de Fisioterapia, funcionando sob a orientação de sacerdotes, vestidos de alvas túnicas - que correspondem, hoje, aos prosaicos jalecos brancos - para a prática de exercícios físicos e métodos naturais, sendo constante o uso das águas das proximidades com fins terapêuticos. Daí a origem dos exercícios aquáticos, da hidroterapia. O tratamento por meio da água em aplicações externas.

            Uma peculiaridade deve ser observada: a quantidade de milagres operados no templo de Epidauro era bem maior que nos de outras cidades e aldeias, como acontecia com alguns deuses que obtinham do povo maior devoção para determinados templos e estátuas; sobretudo se considerarmos que Epidauro era, como já foi dito, uma pequena cidade aos pés de um monte e que Esculápio pertencia na classificação romana das divindades, obviamente assimilada de cultura grega, a categoria dos deuses minorum gentium, juntamente com Baco e Hércules. A categoria Dii majorum gentium era ocupada por doze grandes deuses, tendo Júpiter, nome latino de Zeus, como a maior divindade do Olimpo. Nascer e ser abandonado ao relento, salvando-se por milagre, e pertencer ao segundo escalão dos deuses na hierarquia olímpica, não abalou em nada o prestígio do deus. A profecia de Ocírroe concretizou-se, porque era verdadeira. Ele alcançou a glória.

            Voltando a Platão, observemos que cita Heródico de Megara, um Asclepíade, como pioneiro ao combinar cientificamente os exercícios físicos com a dieta. A mitologia descreve um Asclepíade como membro de uma família de médicos gregos que pretendia descender de Asclépio. Na verdade, o deus teve com Epíone dois filhos que se fizeram médico: Podalírio e Macáon, cuja participação na guerra de Tróia comandando trinta navios e um contingente de tessálos foi importante; porém a habilidade que possuíam na medicina tornou-se tão útil aos combatentes daquela guerra que foram dispensados do serviço militar. Cabendo-lhes somente exercer a medicina. Também um Asclepíade, Hipócrates tornou-se o mais célebre membro dessa família.

            Segundo afirmou Galeno em seus escritos sobre o deus da medicina, "É do próprio Esculápio a prescrição da equitação como meio de tratamento" dando assim origem a Equoterapia ou Equitação Terapêutica como alguns preferem, ou seja, uma especialidade da Fisioterapia. Desse modo o cavalo tornou-se um instrumento cinesioterapêutico, com resultados práticos obtidos já no primeiro atendimento, pela interação paciente/animal, produzida pela marcha do quadrúpede, fonte de estímulo ao tônus muscular e a dissociação da cintura pélvica e escapular. Foi utilizada nos tempos de Hipócrates para a recuperação de guerreiros acidentados nos campos de batalha.

            No século XVI a equoterapia voltou a fazer parte do arsenal terapêutico disponível, caindo depois no esquecimento, até que, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), reapareceu na Europa, não parando mais de se expandir a partir da década de 50, contando atualmente, com muitos especialistas no Brasil. Ressalte-se o enfoque dos últimos anos na equipe multiprofissional; um procedimento de base cinesiológica que migrou da Fisioterapia para outras especialidades.

         A fim de que se tornem mais claras e objetivas as observações a seguir, cabe entre parênteses ressaltar a contribuição de outras culturas, além da greco-romana - pilar do pensamento ocidental - para a consolidação de conhecimentos, em caráter universal na área de Fisioterapia. O uso da hipérbole - universal - é verdadeiro; o legado do conhecimento acumulado desde a mitologia greco-romana, no ocidente, e a partir das culturas chinesa e hindu no oriente, é inquestionável para os herdeiros contemporâneos de Esculápio que, no processo histórico formam uma ponte para a Fisioterapia do futuro. Poderíamos chamá-los de epígonos. Concretamente, por conseguinte, dois exemplos facilitam a tarefa. Na China de mais de dois mil anos antes de Cristo, sacerdotes praticavam e ensinavam exercícios terapêuticos, inclusive os respiratórios. Os Brâmanes - que existiam muito tempo antes dos chineses e eram procurados por sábios de outras nações na tentativa de aprender aquilo que se chamava sabedoria - em seus templos na Índia, recomendavam o uso de exercícios e massagens como tratamento do Reumatismo.

            Os exercícios terapêuticos praticados na antiguidade, aperfeiçoados e conhecidos posteriormente sob a forma genérica de “ginástica médica” somados às massagens, aos exercícios respiratórios e aquáticos, fundamentaram tanto a medicina quanto a Fisioterapia, constituindo desse modo um conhecimento científico unificado, comum às duas disciplinas, propiciando assim o aparecimento da Medicina Física, sinônimo de Fisioterapia, até prova em contrário.


- Foto reproduzida da Internet: Templo de Asclépio na Ilha de Kos 

(Continua na próxima postagem)

sábado, 22 de setembro de 2012

Herdeiros de Esculápio




O livro Herdeiros de Esculápio - História e organização profissional da Fisioterapia (Edição do Autor - Recife: 2009), está esgotado em sua primeira edição, não havendo, no momento, perspectiva de uma segunda, motivo que nos leva a disponibilizar, dividindo em postagens sucessivas o capítulo que dá nome ao livro. Segue abaixo a primeira parte. Boa leitura.


HERDEIROS DE ESCULÁPIO

     Imaginem, leitores e leitoras, um triângulo equilátero com o símbolo da Fisioterapia no centro da figura e, em cada um dos lados desse triângulo as inscrições: Ciência aplicada, Processo terapêutico e Profissão. Observem aí consolidada a tríplice interligação da Fisioterapia como agora a conhecemos. Acontece que nem sempre foi assim, nem a Fisioterapia teve seu começo com os processos de recuperação física dos feridos durante a Segunda Guerra Mundial, como alguns pensam, e até divulgam, parecendo verdade. É necessário, portanto, ir em busca da origem.

            Bertrand Russel no livro intitulado História do Pensamento Ocidental, aponta o roteiro a percorrer:
Na verdade, há duas atitudes que podem ser adotadas ante o desconhecido. Uma é aceitar as afirmações de pessoas que dizem conhecer baseadas em livros, mistérios e outras fontes de inspiração. A outra consiste em sair em busca por si mesmo, e este é o caminho da ciência e da filosofia. (RUSSEL)

            Assim, como fez o poeta latino Virgílio que, apropriando-se da lenda de Enéias, o transformou no primeiro ancestral dos romanos, trazendo desse modo mais brilho e glória para o império, encontramos na Grécia, ainda criança, Egrégio filho de Apolo e Corônis, o personagem Asclépio.

           Sua mãe Corônis era filha de Flégia, rei dos Lápidas, um povo que habitava a Tessália. O nascimento de Asclépio tem todos os requintes da tragédia grega. Filho de um deus, teve sua mãe eliminada a flechadas por Diana, a caçadora – irmã gêmea de Apolo e tia de Asclépio – como punição porque temendo ser abandonada pelo deus, uniu-se a um mortal, filho do rei da Arcádia. Uma versão revela que foi arrancado do ventre da mãe e em seguida abandonado, conseguindo sobreviver devido a uma cabra que o aleitou e a um cão que, como é da propensão natural da espécie, velou por ele. Pertenciam esses animais a um pastor daquelas plagas, de nome Eristene, o qual, sentido-lhes a falta, saiu a procurá-los. Encontrou-os junto ao menino abandonado e surpreendeu-se com o clarão que rodeava o infante. Compreendeu imediatamente o mistério e não ousou seque tocá-lo ou recolhê-lo, deixando-o aos cuidados daqueles predestinados animais.

       O pai Apolo, ainda desesperado com a morte da mulher, a quem rendeu homenagens fúnebres; por arrependimento ou por pressão dos deuses do Olimpo, encaminhou Asclépio aos cuidados do centauro Quirão. Uma espécie de monstro, metade homem metade cavalo, possuidor de boas qualidades porque fora ensinado pelo próprio Apolo e por Diana. Na sua convivência como os homens Quirão havia alcançado notoriedade pelo cabedal de conhecimentos em medicina, na caça, na música e na arte da profecia. Era o preceptor perfeito para um futuro deus, pois o menino trazia em si a divindade, assim como a semente traz em seu interior a árvore.

            Ao levar Asclépio para casa, a fim de sua incumbência, Quirão foi recebido pela filha Ocírroe que saíra ao pátio para encontrá-lo, pois ouvira o estrépito dos cascos no solo pedregoso. Aquele ruído lhe era familiar. Ao ver o menino Asclépio junto ao centauro, percebeu o mesmo clarão que fora visto pelo pastor. Ela então anunciou por conjecturas, como um oráculo, sobre o futuro dele, profetizando a glóculo, sobre o futuro dele, profetizando a gl pois o menino trazia em si a divindade, assim como a semente traz em seu interior ria que alcançaria.


            A partir daí Asclépio foi iniciado na arte da medicina, desenvolvendo à medida em que sua idade avançava, uma habilidade tão grande que, já adulto, porém muito antes da velhice, descobriu o meio de ressuscitar os mortos, diminuindo assim a remessa de almas para os infernos. Tal feito, aliado ao risco com isso alterar a ordem do mundo, provocou a fúria de Hades, deus das profundezas subterrâneas. Os infernos. Hades revoltado, procurou Júpiter e pediu a sumária eliminação de Asclépio, no que foi atendido. Júpiter utilizando raios forjados pelos Ciclopes ataca Asclépio, indefeso diante da divindade maior, cujo domínio abrangia o céu e a terra.

            Asclépio morre e é recebido como um deus no Olimpo. Passa então a ser visto nas noites do hemisfério boreal, sob a forma de uma constelação denominada Ofiúco ou Serpentário. Certa vez atravessou o Mediterrâneo no formato de um enorme ofídeo, ao ser invocado pelos habitantes da península itálica, assolada por uma epidemia que vitimava grande número de pessoas. Lá chegando, o mal se dissipou, ficando a população agradecida pelo feito.

     Devido a essa forma de se revelar aos humanos são emblemáticas as representações do deus com volteios colubrinos, como uma serpente enlaçada em um bastão ou duas serpentes entrelaçadas nesse mesmo tipo de objeto. Asclépio é, além disso, representado por coroas de louro, uma cabra ou um cão. Há discordância porém, quanto a representação das duas serpentes no bastão. Segundo estudiosos da mitologia greco-romana, um erro de interpretação ocorrido na Idade Média, confundiu o símbolo de Asclépio com o Caduceu de Mercúrio, emblema da paz, da prosperidade e do comércio. O deus Mercúrio levava nas mãos um bastão com duas serpentes entrelaçadas - o caduceu - e com ele agilmente conduzia as almas nos infernos e fazia cessar os ventos. 

      Ainda hoje, esta é a representação/símbolo da medicina em alguns países, inclusive na arma de saúde de suas corporações militares. Para os brasileiros a Fisioterapia está representada oficialmente por um raio com duas serpentes verdes entrelaçadas e incrustadas num camafeu de fundo branco, proporcionando um impacto visual de grande força, movimento contido e rara beleza. Nele as serpentes se confrontam e apesar disso permanecem estáticas diante do raio ciclópico, enigmático em sua dualidade, pois ao mesmo tempo é mortífero e potencialmente recuperador da ação do movimento humano, figurando como símbolo da eletrotermoterapia.

(Continua na próxima postagem)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Colóquio da ABRAz-PE: Diagnóstico Precoce e Cuidados com a Pessoa com Alzheimer

Colóquio da ABRAz-PE
21 de setembro de 2011
O Colóquio da ABRAz-PE tem como objetivo discutir os avanços e novidades sobre o diagnóstico precoce de déficit cognitivo e demência. 

Visa chamar a atenção para estes distúrbios cada vez mais prevalentes na população que envelhece e, se diagnosticada precocemente, pode mudar o acompanhamento e qualidade de vida do paciente e de sua família.

Horário: 16h às 20h
Valor: R$ 50,00 (cinquenta reais)
Local: Salão de Convenções, Edifício Egas Muniz, 8º andar - Real Hospital Português - Av. Agamenon Magalhães, Nº 4760, Paissandu, Recife/PE.

As inscrições estão sendo realizadas através do site: http://abrazpe.ueuo.com/coloquio2012/

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III Encontro de Familiares e Cuidadores da ABRAz-PE
22 de setembro de 2011

Neste Encontro, familiares, cuidadores e interessados sobre a doença de Alzheimer, terão a oportunidade de receber informações sobre o diagnóstico precoce da doença, quais os sinais e sintomas que podem sugerir uma demência, discutir em casos clínicos com toda uma equipe multidisciplinar, além de esclarecer dúvidas e receber dicas sobre o cuidado.

A programação pretende ser bem dinâmica, com grande participação do público durante a apresentação dos casos clínicos.

Horário: 08h às 13h
Valor: R$ 30,00 (trinta reais)
Local: Salão de Convenções, Edifício Egas Muniz, 8º andar - Real Hospital Português - Av. Agamenon Magalhães, Nº 4760, Paissandu, Recife/PE.

As inscrições estão sendo realizadas através do site: http://abrazpe.ueuo.com/encontro2012/



Divulgação voluntária. Cortesia Blog 14-F FISIOTERAPIA

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Saúde ocular



Dando continuidade ao FÓRUM SOBRE QUESTÕES DO ENVELHECIMENTO, promovido mensalmente  pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP, com apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - SINDSEP - PE e do Instituto HUMANITAS (UNICAP) realizou-se, no dia 11/09/2012, das 14:00 às 17:00h, no Auditório do Bloco "G" do Campus Universitário, mais uma etapa do evento, com o tema "SAÚDE OCULAR", tendo como palestrantes a Oftalmologista Alzira Lins, graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, Especialista em Lentes de Contato e Preceptora de Residência Médica  na subespecialidade  Ceratocone, bem como a Fisioterapeuta Ocular Ângela Dias, graduada pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP, Pós-graduada em Fisioterapia Neurofuncional pela Faculdade Integrada do Recife - FIR e Preceptora de Residência Médica em Oftalmologia da Fundação Santa Luzia, na subespecialidade Estrabismo. As duas palestrantes exercem atividade profissional em clínicas privadas na Cidade do Recife.

Bastante concorrido, o evento motivou a participação da platéia, formada por pessoas idosas, profissionais de saúde, sindicalistas e estudantes. Aproveitando o momento os participantes encaminharam perguntas às palestrantes para tirar dúvidas sobre procedimentos médico-cirúrgicos e fisioterapêuticos em Oftalmologia.



Apresentação do tema Saúde Ocular pela Oftalmologista Alzira Lins.



Fisioterapia Ocular no Idoso tema desenvolvido pela Fisioterapeuta Ângela Dias.



Ao microfone a Médica Oftalmologista Alzira Lins, ladeada pela Fisioterapeuta Ocular Ângela Dias, respondendo perguntas encaminhadas pelos participantes do Fórum.



FOTOS: Arquivo Blog 14-F FISIOTERAPIA

domingo, 9 de setembro de 2012

Fragmento histórico


Elementos de Fisioterapia  primeiro livro publicado no Brasil pelo Professor Araújo Leitão sobre a especialidade, tem como título secundário (Medicina Física), como se vê na reprodução da capa; constatação que remete o leitor para um tempo em que Fisioterapia e Medicina Física eram palavras utilizadas como sinônimo, ou seja, palavras que têm com outras verdadeira  semelhança de significação; ou mais ainda, a Fisioterapia tida como especialidade médica até que se desvinculou, passando a constituir-se como tríplice área do conhecimento humano: Ciência, Processo terapêutico e Profissão. A publicação em tela é  da década de 60 do século passado; mais  precisamente de 1967.


Reprodução: Acervo pessoal/Arquivo Blog 14-F FISIOTERAPIA

sábado, 1 de setembro de 2012

Nova Diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer - ABRAz/Regional PE toma posse.


No ato de posse da nova Diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer - ABRAz/Regional PE, a Coordenadora da Comissão de Regionais da ABRAz/Nacional, Assistente Social Selma Castro de Lima, em seu discurso, tendo ao lado a Presidente Médica Geriatra Carla Núbia, eleita para a segunda gestão na entidade - Gestão 2012/2015.

O evento ocorreu na sexta-feira 31 de agosto, às 09:00h, no Auditório da Biblioteca do Real Hospital Português do Recife.



Médica Geriatra Carla Núbia, Presidente eleita para a segunda Gestão na ABRAz/Regional PE, no seu discurso, ao tempo em que  dá posse à sua Diretoria.



Membros da nova Diretoria da ABRAz/PE, composta de Médicos, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Assistentes Sociais, Fonoaudiólogos, Professoras, Secretárias, Cuidadoras e outros profissionais de saúde, em foto exclusiva para o Blog. 


Fotos: Arquivo Blog 14-F FISIOTERAPIA

domingo, 26 de agosto de 2012

A incessante busca pelo conhecimento

A leitura e o fluir das ideias conduzem ao ato de escrever; de súbito, diante da folha em branco surge o texto. Foi assim que, lendo a Revista da Cultura (edição 61 agosto 2012) deparei-me com a entrevista do escritor Ken Follett, 63 anos, nascido em Cardiff no País de Gales, autor de mais de 20 best sellers. Uma frase do entrevistado chamou-me a atenção: " Me interesso pelas coisas antigas, que duram centenas de anos. Gosto muito mais do passado do que do futuro" A empatia foi imediata; descobri no momento da leitura a capacidade de compartilhar dos sentimentos e emoções de outra pessoa, ou seja, o mesmo gosto de escrever sobre o passado, como fiz na reconstituição do mito de Esculápio, revelando que os Fisioterapeutas são herdeiros legítimos do deus greco-romano da medicina e da cura. Tudo isso nos é concedido pela sinergia do Universo.

O gosto pela história e pela mitologia possibilita a quem escreve, trazer, transportar ou conduzir do passado para o presente a concretude e a universalidade das coisas. A gênese "como conjunto de fatos ou elementos que contribuem para produzir algo" explica o presente, que por sua vez edifica pontes para o futuro.

Pondo em paralelo outra linha de pensamento, diferente da de Follett, recorremos a alguém por demais conhecido dos profissionais da área de saúde: o filósofo Foucault. Michel Foucault ( 1926 - 1984 ) também historiador, nasceu na França e dedicou suas primeiras obras à pesquisa médica, sendo as mais importantes: Doença mental e psicologia - 1954, História da loucura - 1960, História da loucura na idade clássica - 1961 e Nascimento da clínica - 1963. Entretanto, na sua concepção de história prefere observar sociedades contemporâneas do que povos primitivos. Por outro lado, na obra Palavras e coisas - 1967 destaca os períodos da história da raça humana em  espaços de tempo compreendidos desde a Renascença aos nossos dias. Tais períodos, no seu entendimento, formam uma espécie de estruturas fechadas e independentes, cuja passagem, de um período para o outro, somente acontece por meio de uma ruptura, que quase sempre nem é percebida pela sociedade.

Formas de pensar diferentes, como por exemplo as que foram expostas, contribuem de certa forma na busca do conhecimento intelectual ou do "distinto entender", conforme terminologia utilizada pelo filósofo alemão Baugarten. Mas, que poder é esse que as ideias exercem e representam para a ocorrência de mudanças pelo conhecimento, é a questão que se coloca. Poder-se-ia então, focando na área específica de interesse, perguntar: concluir a faculdade de Fisioterapia e fazer pós-graduação encerra essa busca pelo conhecimento? Acredito que não, é a minha resposta; pois além do vasto saber técnico-científico contido nessa ciência e profissão, há um universo inteiro por descobrir e conquistar na Antropologia, na Filosofia, na Sociologia, na Política e em outras coisas mais.

Não somente por coerção exterior ou pela perspectiva de seguir uma carreira estável, tampouco por acaso, o indivíduo tem definido o curso da sua formação. Mesmo assim, um único caminho é viável, o caminho que leva ao conhecimento.


Fonte: 
        - Revista da Cultura - Edição 61. Agosto 2012. São Paulo: Public. da Livraria Cultura,    2012.
           -  Massip, Vicente - História da filosofia ocidental. São Paulo: EPU, 2001.