O Coffito, tendo em vista a publicação oficial da Resolução 201/2010, do Conselho Federal de Educação Física (Confef), esclarece que todo Fisioterapeuta tem o direito de utilizar o método Pilates com a finalidade fisioterapêutica, ou seja, para os fins de tratamento e prevenção de disfunções, conforme autoriza a legislação que trata da matéria. A prática pode ser realizada em qualquer local, como clínicas, academias, hospitais, dentre outros.
A Resolução do Confef, que dispõe sobre o Pilates como modalidade e método de ginástica, em seu artigo 4º, prevê que “Caberá à pessoa jurídica prestadora de serviços na área de atividades físicas, desporto e similares que oferecer o Pilates em seu elenco de serviços, garantir que sua prática seja orientada e dinamizada por Profissionais de Educação Física”. A medida não trará qualquer dano ao exercício profissional do Fisioterapeuta, uma vez que a Cinesioterapia, que fundamenta o método Pilates, faz parte do currículo base da graduação em Fisioterapia. Assim, o Coffito destaca que os profissionais de Fisioterapia têm plena autonomia para utilizar o método Pilates na prevenção e no tratamento de disfunções.
O Coffito entende que o método Pilates é um dos muitos recursos cinésio-mecano-terápicos à disposição do fisioterapeuta, com vistas à promoção, prevenção e recuperação da saúde. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional entende que a prática clínica do Pilates exige um domínio técnico e científico acerca do método, por meio de aprimoramento profissional específico.
O profissional que, porventura, venha a se sentir prejudicado em seu exercício profissional por qualquer Conselho de Fiscalização, alheio ao sistema COFFITO/CREFITOS, deve, imediatamente, comunicar a atuação indevida ao CREFITO de sua circunscrição para a adoção das medidas pertinentes.
Transcrito do site do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional COFFITO http://www.coffito.org.br/
O Blog 14- F apoia e participa da Campanha do Ministério da Saúde contra o consumo do Crack, entendendo que a ÉTICA e a RESPONSABILIDADE SOCIAL como pressupostos da cidadania, obrigam a categoria profissional dos Fisioterapeutas a empenhar-se nessa luta que é de todos, sem distinção de cor, raça, gênero, profissão, religião ou opção político partidária.
Fonte da Ilustração: Reprodução de cartaz do Ministério da Saúde. Arquivo do Blog.
Na Grécia antiga encontramos contribuições para o estudo da Anatomia Humana, principiando com Pitágoras até Diógenes. Hipócrátes e seus discípulos acrescentam conhecimentos por meio de observações ocasionais. Por sua vez, Aristóteles dedica parte dos seus estudos aos animais, possibilitando o começo, com critérios científicos, de uma Anatomia Comparada. Galeno propõe uma Filosofia da Natureza e escreve "Sobre o método terapêutico". Sua influência no Ocidente durou em torno de 1400 anos, tendo como contribuição para o estudo da Anatomia nomes de alguns ossos e a exata descrição dos Músculos Interósseos e do Poplíteo, entre outros estudos e trabalhos.
O progresso da Anatomia foi por muito tempo, impedido pela Igreja Católica. Somente com o Papa Sisto IV (século XV) houve autorização para a dissecção de cadáveres nos institutos universitários. Com Clemente VII houve expressa permissão para o estudo e a prática da Anatomia, com fins de ensino, utilizando-se seres humanos. Era então, o início do Renascimento. O estudo da Anatomia, a partir daí livremente evoluiu.
Essa viagem, partindo da Grécia Clássica (600 - 400 a.C.), percorre o tempo e chega aos primórdios dos anos 60 do século XX. Na Cidade do Recife em frente à Praça do Derby, encontra-se o prédio da antiga Faculdade de Medicina, hoje Memorial da Medicina. Na rua lateral, o acesso ao Anfiteatro de Anatomia. Nesse Anfiteatro, estudantes acomodados em seus lugares, com sofreguidão aguardam o começo da aula. Olham todos para a mesa de aço inoxidável, ocupada por um esqueleto esbraquiçado; ao lado do esqueleto há uma caixa alta, de madeira, sem verniz ou pintura, cheia de ossos, que aos poucos o professor arremessa, com precisão, num funcionamento sem falhas; finalmente, todos estudantes são contemplados. O objetivo? Aprender! Aprender, por exemplo que, as vértebras cervicais são todas do mesmo tipo, excetuando-se Atlas e Axis, diferentes entre si e também das outras vértebras. Tendo Axis uma apófise odontóide, conhecida como "Dente de Axis", a qual serve de pivô para a articulação atlóido-axodiana. Aprendizado pelo método direto, ou seja, pelo contato manual com a peça anatômica, para "sentir" concavidades, protuberâncias, facetas articulares e orifícios. No caso de Axis, por um orifício passa e sobe a Artéria Vertebral. Para Telésio (1509 - 1588) o conhecimento humano é essencialmente um sentir. A consciência é uma sensação. Todos concordam?
Outra aula: - Na mesa fria o cadáver, indiferente aos que o circundam. Um forte odor de Formol deixa o ar impregnado, causando uma leve sensação de náusea. Os alunos, de jaleco branco, luvas de látex, munidos de pinça e bisturí, ouvem do professor uma preleção sobre o profundo respeito devido ao cadáver; brincadeiras ou risos são inadmissíveis. Inicia-se a retirada da pele...
Tudo isso, poder-se-ia indagar, é recordação? Sim! Do início do Curso de Fisioterapia, dos tempos idos. Que já não voltam mais. Diria o poeta.
Os meios de comunicação divulgam que o Brasil possui a maior reserva mundial de águas subterrâneas do planeta, localizada na Região Norte, sob os estados do Pará, do Amazonas e do Amapá; com capacidade estimada para abastecer o mundo por 300 anos.Poder-se-ia indagar porque puxar os Fisioterapeutas para essa descoberta. Muito simples; pela inclusão/participação da categoria no debate sobre o assunto, como exercicio da cidadania e da responsabilidade social que não se restringe à praxis terapêutica, ou, por outro lado, pela mitológica e ancestral ligação do Fisioterapeuta com o uso da água em aplicações externas, a Hidroterapia, praticada nos templos dedicados a Asclépio (Esculápio).A discussão é livre. Participem !
Telegrama da Associação Brasileira de Fisioterapeutas - ABF, datado de 15 de agosto de 1968.
Telegrama do Deputado Federal da bancada de Pernambuco João Roma, datado de 23 de agosto de 1968.
Para Aristóteles o tempo é presente, passado, futuro, anterioridade e posteridade. O ano de 1968 está no tempo, distante de hoje, pela passagem do calendário em 42 anos.
Naquele ano de 1968 o mundo estremecia com as barricadas dos estudantes em Paris, o assassinato de Martin Luther king e a Passeata dos Cem Mil pelo fim da ditadura no Brasil.
Foi um ano realmente atípico, quando o então Teólogo Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, predizia que, "Para a Igreja viriam tempos muito dificeis"; a Revista TIME elegia " Homens do Ano" os cosmonautas da APOLO-8 Frank Borman, James Lovell e William Anders, e, o pernambucano Clube Náutico Capibaribe torna-se Hexacampeão após vencer o Sport Club do Recife numa "Melhor de três".
Para a Fisioterapia, um ano de intensa luta política pelo reconhecimento profissional que mobilizou todas as lideranças da classe.
Falar ou escrever sobre responsabilidade social conduz a mente ao que tanto se alardeia nos meios de comunicação, relacionados à empresas ultimamente voltadas para ações favorecedoras do meio ambiente ou que interessem à sociedade. A estrutura midiático-mercadológica financiada com recursos da indústria, do comércio e da área prestadora de serviços, bombardeia o público com mensagens explícitas de empresas cuja aparente preocupação maior é o bem-estar social, e de que elas não visam unicamente o lucro por meio da cooptação de consumidores para seus produtos e serviços. Isso que foi dito traduz-se como política compensatória, pela incapacidade de impedir os malefícios causados pelo capitalismo. Mas isso não é tudo – pior, muito pior – o capitalismo atua por meio da sua mais importante instituição a Corporação, cujo imenso poder é capaz de transformar a história e levar o planeta à destruição.
As raízes dessa política estão noWelfare State que instituiu a partir da Segunda Guerra Mundial, um modelo de práticas reparadoras de danos cujo motor principal seria o Estado como garantidor da universalidade de direitos, bens e serviços.
Em suma, um Estado meramente assistencial que, ao longo dos anos 80 mostrou-se incompetente para se contrapor aos efeitos nefastos do capitalismo sobreas camadas menos favorecidas da população. A partir de então as empresas passaram a ser vistas, paradoxalmente, como a salvaguarda da manutenção do emprego, com o setor privado sobrepujando-se ao estatal. Não só a questão social; como também as possíveis soluções para os problemas ambientais, vieram a constituir o lema das Corporações, com um discurso forte, porém não tão eficaz na prática, principalmente quanto as questões ambientais que atingem escala planetária na atualidade.
O exame preliminar do discurso da responsabilidade social das empresas parte do pressuposto da existência de não incluídos no processo para, em seguida afirmarmos que ter responsabilidade social também é imperativo – no bom sentido – para o sujeito, aqui entendido como o entende a filosofia, ou seja, o ser individual, que se considera como tendo qualidades, e, nesse caso específico, o sujeito investido de uma profissão, o Fisioterapeuta.
Diametralmente oposta à responsabilidadesocial das empresas (cujo ideário, hoje, é impulsionado por estratégias de marketing), a responsabilidade social do Fisioterapeuta está centrada na ética do humano e naquilo que era o viver e o fazer cotidiano dos Terapeutas do Deserto, tão bem descritos por Jean-Yves Leloup no livro Cuidar do Ser, cuja figura central é Fílon de Alexandria, que ensinava “a aprender a ver com clareza”.
É do conhecimento geral, mas não custa acrescentar: no exercício da profissão, cabe ao Fisioterapeuta, segundo preceito legal, privativamente executar métodos e técnicas terapêuticas, compreendendo-se que, “métodos formam um conjunto sistemático de procedimentos orientados para os fins de produção ou aplicação de conhecimentos, e que técnicas são todas as atividades específicas apropriadas aos princípios gerais delineados na metodologia”. Dentro desses princípios legítimos, o Fisioterapeuta procede “a avaliação físico-funcional, estabelece a prescrição fisioterapêutica, a programação do tratamento e o uso dos recursos do arsenal terapêutico à sua disposição, bem como reavalia periodicamente a programação prescrita e, no momento em que a máxima funcionalidade corporal, compatível com o quadro clínico apresentado, é atingida, estabelece a alta do paciente”.
Sendo o homem objeto da ação do Fisioterapeuta desde a concepção até a morte, ressalta em importância a responsabilidade social aos seus cuidados, responsabilidade esta, que vai da atenção com os recém-nascidos de alto risco – onde ela é incondicional, não havendo de modo algum reciprocidade ou neutralidade ética possível, cujo compromisso maior é com a manutenção da vida e com a qualidade de vida futura – passando pelo atendimento às vítimas do trânsito, aos acidentados do trabalho e às pessoas idosas as suas fragilidades e carências, e de outros indivíduos vítimas de doenças metabólicas e cardiovasculares.
Assim, como reiteradas vezes afirmamos ao termos oportunidade de tornar explícito, é missão do Fisioterapeuta a responsabilidade de devolver ao convívio social e à força de trabalho grande parcela da população, contribuindo desse modo para o fortalecimento da economia do País, reduzindo custos previdenciários e liberando mais rapidamente as pessoas dos leitos de enfermo.
Contribuição maior, que não é contabilizada em termos de custos financeiros ou operacionais, é a responsabilidade social e primordialmente ética de diminuir o sofrimento humano.
Texto publicado originalmente no livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia. Edição do autor – Recife 2009
O Vice-presidente do COFFITO, Dr. Mario Battisti recebeu das mãos do Fisioterapeuta Geraldo Barbosa um exemplar do livro Herdeiros de Esculápio - História e organização profissional da Fisioterapia, ontem, 07 de abril, após o encerramento de audiência pública realizada em Recife, com vistas ao desmembramento do CREFITO da Primeira Região.
Livros (Relíquias) sobre o tapete da sala, distam entre si 10 anos, e com relação a hoje, o mais antigo faz 39 anos. Quase os 40 que comemoramos em outubro passado.O tempo passa! As relíquias ficam? Até quando?
Foto: Acervo pessoal
EM TEMPO: A Revista Novafisio Edição 72 jan/fev - 2010 já está na Internet. Para acesso use o endereço eletrônico: http://www.novafisio.com.br/?p=359
Parque do Ibirapuera - São Paulo, 27 de fevereiro de2010. 20 mil pessoas se reunem para dizer NÃO AO ATO MÉDICO ! É a VIRADA DA SAÚDE. Uma cena chama a atenção: Mãos atadas! Um gesto simbólico, a representação de um sentimento coletivo paira no ar! Mãos atadas impedem o livre exercício das profissões da saúde! Os Fisioterapeutas nesse momento indagam o porque da existência da profissão; numa abstração filosófica buscam respostas sobre o que levou a profissão a essa encruzilhada histórica, sobre o antes e o depois da Virada da Saúde. Qualquer que seja o desfecho da batalha em curso, o simbólico se impõe na construção da história. "O passado está no presente e o presente mostra-se carregado de futuro" (Henri Bergson 1859-1941).