Câmara aprova obrigatoriedade do ensino de Libras e Braile
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania aprovou nesta  quinta-feira proposta que obriga as escolas públicas e privadas a  oferecer a seus alunos com necessidades especiais as linguagens  específicas que lhes permitam uma perfeita comunicação, como a Língua  Brasileira de Sinais (Libras) e o sistema Braile.
A proposta, que foi aprovada em caráter conclusivo  e segue para o Senado, estabelece que “os sistemas de ensino deverão  assegurar aos alunos com necessidades especiais métodos pedagógicos de  comunicação, entre eles: Língua Brasileira de Sinais (Libras), tradução e  interpretação de Libras, ensino de Língua Portuguesa para surdos,  sistema Braille; recursos áudios e digitais, orientação e mobilidade;  tecnologias assistivas e ajudas técnicas; interpretação da Libras  digital, tadoma e outras alternativas de comunicação”.
O texto aprovado, que altera o capítulo sobre educação especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96),  também amplia o conceito de educação especial. Conforme a definição  atual, trata-se da “modalidade de educação escolar, oferecida  preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores  de necessidades especiais”.
Conforme a proposta, a educação especial é a “modalidade de educação  escolar que realiza o atendimento educacional especializado, definido  por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços  educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,  complementar e suplementar os serviços educacionais comuns oferecidos,  preferencialmente, na rede regular de ensino”.
As demais características da educação especial, descritas no artigo 59 da lei, são mantidas pela proposta aprovada hoje.
O texto aprovado é uma emenda do relator da proposta na CCJ, Efraim Filho (DEM-PB), que se baseou no substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 6706/06, da ex-senadora Ideli Salvati (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais.
A proposta original previa apenas a inclusão da Libras no currículo, mas  foi ampliado, atendendo às demais pessoas com deficiência. O texto  volta para o Senado por ter sido alterado.
Íntegra da proposta:
Edição - Wilson Silveira
FONTE: Câmara dos Deputados
Agência Câmara de Notícias
 
 
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