Minha trajetória como Fisioterapeuta ultrapassou os limites da assistência nos serviços de saúde e no atendimento domiciliar. Fui passando por diversos setores onde constantemente era convocado a participar da gestão nos níveis federal, estadual e municipal, sem falar da atuação nas entidades de classe representativas da categoria profissional.
No âmbito municipal deparei-me com a territorialização do Sistema Único de Saúde SUS, ou seja, a possibilidade de organizar os serviços abraçando o território que é onde realmente a vida acontece, levando em consideração a Geografia de Milton Santos e o seu conceito de planejamento territorial.
Num dia como hoje, mas retrocedendo dez ou doze anos, recebi proposta de um amigo Vereador: "Você quer ser Gerente de Distrito Sanitário?" a resposta foi afirmativa: Sim.
Na semana seguinte, acompanhado do Vereador e de um Deputado Federal fui apresentado a Secretaria de Saúde: "Doutora, o homem é esse". Chegando ao Distrito Sanitário o cargo já estava ocupado. Assumi então o cargo deixado pela Médica que assumira a Diretoria, o de Gerente de Território. Um bom exemplo do que hoje em dia é comum ser lido nas redes sociais: Expectativa x Realidade.
O Distrito Sanitário era, já naquele tempo, dividido em microrregiões, fiquei com a 3.1; território situado entre a Av. Agamenon Magalhães e o Sítio dos Pintos, seguindo o eixo da Av. 17 de agosto. O Território de Saúde não é somente físico ou geográfico é também o trabalho ou a localidade, já disse alguém.
A rotina consistia em supervisionar os equipamentos tais como: Unidades de Saúde da Família, Upinhas, Unidades Básicas Tradicionais, Centros de Saúde, Polos da Academia da Cidade, Centros de Reabilitação e Clínicas de Fisioterapia, entre outros. O contato direto com os profissionais da área e com os Agentes Comunitários de Saúde, além dos Líderes Comunitários, permitia atender as necessidades da população e propor soluções. Recebíamos também os interessados na sede do Distrito ou fazíamos visitas programadas "In loco". O horário de trabalho era o convencional, mas, esporadicamente, havia convocação para o trabalho noturno em eventos ou palestras.
Um trabalho desse porte não é realizado por uma única pessoa. Portanto, contava com o apoio administrativo do Servidor Sátiro Dantas, profundo conhecedor da área do Distrito e do Motorista Josafá, excelente profissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário