A Confederação Mundial de Fisioterapia (WCPT) se opõe a todas as formas de mutilação genital feminina (MGF). Mutilação genital é uma violação fundamental das meninas e dos direitos das mulheres, incluindo o direito à vida, o direito à integridade física e o direito à saúde. Na ausência de qualquer necessidade médica, a mutilação genital submete meninas e mulheres a riscos de saúde e tem consequências potencialmente fatais. Além disso, ela viola a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança e viola o princípio ético fundamental de "não fazer mal". [1] [2]. A WCPT defende que o Fisioterapeuta deve estar ciente de que esta prática tem graves consequências para a saúde física e mental .
Mutilação genital feminina (MGF), muitas vezes referida como "circuncisão feminina", compreende todos os procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos externos ou outras lesões nos órgãos genitais femininos por razões não terapêuticas, culturais, religiosas ou outras. A WCPT reconhece que a mudança nesta prática pode exigir tempo e grande sensibilidade às normas culturalmente aceitas, mas que devem ser feitos todos os esforços para proteger as meninas e as mulheres da MGF e para educar e modificar o comportamento, no sentido de concorrer para a sua eliminação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com uma ampla gama de organizações internacionais, incluindo a WCPT, mantêm a visão de que não há justificativa para a MGF. [1]
Reconhece a WCPT o importante papel que a Organização Internacional de Fisioterapeutas em Saúde Feminina tem desempenhado na sensibilização para esta questão; desse modo, a WCPT dá o seu total apoio à declaração de posição sobre a MGF. [3]
Além disso, a WCPT apoia:
- a estratégia global para acabar com os prestadores de cuidados de saúde que realizam a mutilação genital feminina [4];
- a declaração conjunta política da OMS / UNICEF / UNFPA sobre a MGF, que promove o desenvolvimento de políticas e ações a nível global, regional e nacional;
- a Declaração do Cairo para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina [5];
- a Declaração da Associação Médica Mundial sobre a MGF e sua resolução sobre a violência contra mulheres e crianças [6] [7] da Confederação Internacional de Parteiras Declaração sobre a Mutilação Genital Feminina [8] e a 'FGM Campanha Pare' [9]
A WCPT insta todas as organizações membros a unir esforços nacionais e internacionais, para se opor e eliminar essa prática acreditando que só através da colaboração internacional será possível envidar esforços para eliminar a MGF.
Referências:
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UNAIDS, UNDP, UNFPA, UNHCR, UNICEF, UNIFEM, et al. Global strategy to stop health-care providers from performing female genital mutilation. Geneva, Switzerland: WHO; 2010. (Access date 23rd November 2010).
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United Nations. Convention on the Rights of the Child. New York, USA: United Nations; 1989. (Access date 17th November 2010).
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International Organisation of Physical Therapists in Women’s Health. Position Statement on Female Genital Mutilation.: IOPTWH; 2006. (Access date 23rd November 2010).
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World Health Organization. Global strategy to stop health-care providers from performing female genital mutilation. UNAIDS, UNDP, UNFPA, UNHCR, UNICEF, UNIFEM, WHO, FIGO, ICN, IOM, MWIA, WCPT, WMA. Geneva, Switzerland: WHO; 2010. (Access date 23rd November 2010).
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The National Council for Childhood and Motherhood. Cairo Declaration for the Elimination of Female Genital Mutilation: Within the framework of Stop FGM Campaign - Afro-Arab expert consultation legal tools for the prevention of female genital mutilation. Cairo, Egypt: The National Council for Childhood and Motherhood; 2003. (Access date 23rd November 2010).
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World Medical Association. World Medical Association (WMA) Resolution on Violence against Women and Girls Adopted by the WMA General Assembly, Vancouver, Canada, October 2010. Ferney-Voltaire, France: WMA; 2010. (Access date 23rd November 2010).
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World Medical Association. WMA Statement on Female Genital Mutilation. Ferney-Voltaire, France: WMA; 2005. (Access date 23rd November 2010).
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International Confederation for Midwives. Position Statement on Female Genital Mutilation. the Hague, the Netherlands: ICM; 2005. (Access date 23rd November 2010).
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International campaign for the abandonment of female genital mutilation/cutting. Stop FGM Campaign home page. Stop FGM Campaign; 2010 (23rd November 2010); Available from: http://www.stopfgmc.org/
Fonte: http://www.wcpt.org/policy/ps-FGM
Assista o vídeo da Organização Mundial de Saúde - via YouTube
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